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Bases do Posicionamento
Histórico-Geográfico

Tendo por base de partida a lenda do roteiro iniciático do Translado Jacobeo entre a Terra Santa e a Galiza e a consequente passagem pelo sul da Península Ibérica, importa ao nível da interpretação histórica e geográfica encontrar indicadores que ajudem a decifrar o provável perfil cartográfico do Caminho Marítimo de Santiago, de modo que se possa indicar, com alguma probabilidade de sucesso, a localização daqueles que seriam os possíveis portos de arribação ao longo do percurso.​

Nesse sentido, e tendo por elemento de análise a costa oriental e sul da Ibéria e a costa Ocidental Atlântica, definiu-se como substrato metodológico um conjunto de quatro linhas programáticas que podem ser geograficamente cruzadas e historicamente complementadas, e que são fundamentais para um maior aprofundamento teórico e operacional do projeto “Caminho Marítimo de Santiago em Portugal”. ​

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1. As Expedições Fenícias  

As expedições marítimo-comerciais dos Fenícios, provenientes do Mediterrâneo Oriental, a partir do Século VIII A.C., permitem-nos identificar a existência de duas grandes rotas, ambas com origem nas cidades costeiras de Sídon e Tiro, no atual Líbano.

Uma primeira, navegando junto à costa africana e rumando à Ibéria através do porto de Gadir (hoje Cádis) e uma segunda contornando a costa europeia, por Chipre, Creta, Sicília, Sardenha e Córsega, entrando em território ibérico na região de Málaga. ​

Dessas viagens resultou a instalação de colonatos e feitorias em território ibérico, criando e desenvolvendo portos marítimos e fluviais com particular evidência, no que diz respeito ao território nacional, Lisboa, Almaraz, Castro Marim, Tavira, Santarém. 

2. O “Mare Nostrum” do império Romano 

A política do “Mare Nostrum” do império Romano, trouxe também, uma configuração geográfica de enorme significado para a localização de portos marítimos e fluviais, que servirão de base estrutural, para o desenvolvimento do Caminho Marítimo de Santiago em Portugal.​

A viagem Iniciática da Barca de Santiago, ocorreu no ano 40 D.C., em pleno apogeu do império Romano, pelo que, naturalmente os portos de arribação de elevado valor militar, industrial e comercial, existentes à época na Lusitânia, desde que ainda hoje estejam ativos serão as balizas de referenciação histórico-geográfica, para o lançamento do projeto do Caminho Marítimo de Santiago.  

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3. A Ordem de Santiago em Portugal 

Importante também é a relação existente entre os portos de visitação e a presença e governação da Ordem de Santiago. A sul, sobretudo no Alentejo essa constatação é bem evidente, não só nos pontos de referência dos Caminhos de Santiago terrestres, como na ligação que esses Caminhos têm com os portos, onde provavelmente se verificavam os embarques e desembarques de peregrinos para Santiago.

A relação entre portos de origem romana e locais de grande importância para a Ordem de Santiago é muito forte, exemplo de Mértola, Alcácer do Sal, Vila Nova de Milfontes e Sines. A Norte do Tejo e sobretudo entre a Foz do Douro e do Lima e já sem o enquadramento da Ordem de Santiago, o Caminho de Santiago da Costa, segue a própria linha marítima e cruza com os portos de referência a Santiago, quer numa perspetiva histórica quer no âmbito geográfico: Porto, Matosinhos, Viana do Castelo. 

4. As Peregrinações Marítimas 

O contexto das Peregrinações Marítimas (obra de 2020 “Peregrinaciones por mar a Compostela” do autor Juan Caamaño Aramburu), bem como o relato dos peregrinos que as realizaram são fatores muito importantes para a avaliação do potencial existente na proposta de implementação de um roteiro marítimo de Santiago em Portugal.

Registam-se já como centenárias as peregrinações marítimas a Santiago, provenientes das ilhas britânicas (Southampton) e do norte da Europa, com desembarque na Corunha ou no Ferrol e restante caminho terrestre, formalizando o caminho Inglês de Santiago.

 

​Mais recentemente são comuns as regatas de peregrinação marítima a Santiago, entre La Rochelle em França e Padrón, na Galiza, numa rota que cruza todo o golfo Cantábrico. Existem também registos episódicos de regatas de peregrinação entre a Figueira da Foz e Padrón, na Galiza. 

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